segunda-feira, 27 de maio de 2019

Nós também passamos pelas mesmas tribulações de Jó





Passando por múltiplas tribulações, algumas vezes me vi compelida a ler o livro de Jó. Mas, confesso, não era com o intuito de aprender algo a mais com ele. 

Na verdade, isso acontecia em momentos em que eu me sentia em uma espécie de aura de rebeldia, ou melhor, querendo alfinetar minha autoestima em Cristo, querendo murmurar e ouvir Deus me perguntando onde eu estava quando Ele fez os “céus e os fundamentos da terra”. Então eu o responderia dizendo: Tu tens razão Senhor! Eu não sou ninguém! Eu não sou nada!

Mas eu não li o livro, ficou apenas na intenção.
O tempo passou, as tribulações diminuíram em proporção e meu relacionamento com Deus voltou ao “normal”.

Agora estava eu aqui pensando: O livro de Jó não está na Bíblia por acaso, não é para preencher lacunas ou para tão somente contar a historia de que... ”Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” e que se viu vítima de ataques do diabo.

Conscientizei-me de que o episódio com Jó ainda ocorre nos dias atuais.  A Bíblia nos relata em algumas passagens:
  • 1Pedro 5:8 Sede sóbrios; vigiai; porque o diabovosso adversárioanda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
  • 2Coríntios 11: 14 E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz;
  • Lucas 22:3: "E Satanás entrou em Judas”;
  • Lucas 4: E quarenta dias foi tentado pelo diabo.


Pude então perceber que ao me ver afligida por múltiplas tribulações, principalmente em situações para as quais eu aparentemente não contribuí conscientemente, pode ser que eu esteja passando pelas experiências de Jó.

Pode ser que o acusador, que ainda vive de rodear a terra, e passear por ela, esteja desafiando a minha confiança, fidelidade e a firmeza do meu amor a Deus. Pode ser que o Senhor permita que isso aconteça comigo para que eu perceba que o meu amor deve estar em Deus e não nos milagres e nem nas concessões que Ele me faz.

Acho que me falta discernimento espiritual para compreender quando as tribulações que me assolam são consequências de meus atos, disciplina do Senhor ou quando são os desafios do acusador.

Nossa tendência é acusar Deus, mas o Senhor não nos causa mal algum.

Concluí que para me fortalecer e não fraquejar nessas investidas, pois elas são inevitáveis, preciso estreitar meu relacionamento com Deus, tornar-me íntima de seus procedimentos e atitudes conforme os relatos bíblicos me mostram.

Só assim terei confiança Nele, o que me proporcionará um relacionamento baseado em confiança, duradouro e resistente a tribulações. 

Então poderei dizer como em Jó 42:5 "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem".


Mamélia